Da origem do Dia das Mulheres à origem da mulher na PMSC

A mulher cada vez mais vem conquistando espaços na sociedade. Essa jornada em busca de direitos, justiça, dignidade e uma série de outras reivindicações não nasceu da noite para o dia, mas é fruto de uma caminhada intensa e contínua.

Um dia para marcar as conquistas

Foi em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o Dia Internacional da Mulher, celebrando as conquistas políticas e sociais por elas.

“O Dia Internacional das Mulheres foi instituído como uma homenagem a uma mulher heroica, trabalhadora, uma mulher forte.”

Contudo, muito antes ocorreram uma série de movimentos que culminaram com essa vitória. Vamos citar duas em especial, relevantes para o contexto histórico.

Em 1909, em Nova York, ocorreu uma série de manifestações pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.

Em 1917, pelas manifestações ocorridas em São Petersburgo durante a Revolução Russa, em que um grupo de operárias saíram às ruas em protesto contra a fome e contra a I Guerra Mundial, em um movimento conhecido como “Pão e Paz”, o movimento ganhou força.

“Atualmente, mais de 100 países comemoram o Dia Internacional da Mulher. Uma data que, indubitavelmente, vai muito além de um flor.”

Assim, saindo desse brevíssimo contexto mundial, voltamos o nosso olhar para o solo nacional, para a mulher que via na Polícia Militar (PM) uma importante área para desenvolver-se enquanto profissional. Uma área até então era voltada para o público masculino. – Mas, como dito, a caminhada é lenta e contínua, e a hora da mulher guerreira, heroica, e com toda a sua sensibilidade, chegou também na PM catarinense.

40 anos da força feminina na PMSC

O ingresso das primeiras mulheres da Polícia Militar de Santa Catarina ocorreu em 1983, através da Lei nº 6.209, que criou o quadro de policiais femininas de Santa Catarina.

Em junho daquele ano ocorreu o início do Curso de Formação de Sargentos (CFS) com 31 alunas, e duração de 5 meses, e também houve a inclusão de cinco alunas no Curso de Formação de Oficiais (CFO), com duração de três anos.

Fotografia: Primeiras policiais femininas do CFO e CFS na academia em 1983 (in Melo, 2013, p.27)

Na época, o comandante-geral da PMSC era o coronel Sidney Pacheco, e, segundo ele, estavam ocorrendo várias ocorrências envolvendo menores, mulheres e idosos.

“Por tudo isso e por uma série de razões, eu achei que a mulher nos quartéis, primeiro, ocuparia um espaço que pra nós era importante ela ocupar, atendimento em situações que fosse necessário o uso da sensibilidade, segundo, estaríamos acompanhando a evolução dos tempos, porque se a mulher queria, precisa e tinha que ter espaço em todos os ramos da atividade humana […].” – Coronel Sidney Pacheco (Santa Catarina, 2013).

Atualmente, as mulheres da corporação galgam todas as posições dentro da carreira militar, de soldado a subtenente, de 2º tenente a coronel. Estas, em especial, agora comandam diretorias, batalhões e comandos regionais, cada vez mais exercendo a liderança e o papel de protagonistas na história da PMSC.