O texto abaixo faz parte da campanha da Diretoria de Saúde e Promoção Social da Polícia Militar de Santa Catarina (DSPS), relativa ao Janeiro Branco, na qual o 2º sargento psicólogo Eliezer Rogério Pereira da Rosa, que atua na Formação Sanitária do 12º Comando Regional de Polícia Militar (12º CRPM), faz uma reflexão sobre o ser herói e o ser policial militar:
Será que o mundo precisa de heróis?
Dentro da jornada dos heróis, há um momento em que praticamente eles atendem a um chamado.
É quando eles compreendem que têm uma missão a cumprir e dá-se o desenvolvimento de habilidades ou aperfeiçoamento de algum poder.

O herói assume a identidade de salvador em um mundo de violência.
“É habitual o policial militar assumir um papel semelhante, o protetor, a sentinela, o guardião da cidade. E por vezes também se depara com um universo de caos social onde a violência impera e pode afetá-lo de forma que necessite de ajuda.”
Há no herói dois universos a serem vividos, o profissional e o pessoal. Sendo que em muitos momentos ambos estão fusionados, um afetará o outro.
Ele precisa saber o momento de atuar como herói, mas também como um cidadão comum, aquele que comunga com a sociedade que ele protege.
Dessa forma, ele é convocado a baixar a guarda, desarmar-se para não sucumbir com todo o peso de sua labuta diária, assim podendo retornar ao lar em condições de cumprir a missão de pai, mãe, filho, marido, esposa preservando sua saúde e de seus familiares.
O profissional psicólogo pode auxiliar nos possíveis conflitos desses papéis, o guardião ou o cidadão. Não que o psicólogo possa resolver todos os problemas, mas ele é um auxílio na resolução dos problemas, facilitando a compreensão das suas dificuldades caminhando para um amadurecimento necessário para tomar suas próprias decisões.
Quem procura ajuda consciente de sua vulnerabilidade pode ser fortalecido. O estigma de que quem vai ao psicólogo é “fraco” ou “louco” é um preconceito sem sentido. Permanecer em sofrimento, sem tratamento, por vergonha ou medo do que as pessoas vão falar pode trazer muito mais prejuízos do que buscar os devidos tratamentos.
Portanto, a missão dos psicólogos é promover saúde mental e qualidade de vida aos policiais militares.
“O mundo pode até precisar de heróis, mas nós precisamos que todos os policiais militares fiquem bem.”
O que é Janeiro Branco?
O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade.
O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, das sociedades e das autoridades para as necessidades relacionadas à Saúde Mental dos seres humanos.
Uma humanidade mais saudável pressupõe respeito à condição psicológica de todos!
Por que Janeiro Branco?
Janeiro, o primeiro mês do ano, inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia.
Janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem nas vidas de todos nós.
A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.
