por Luciano Ribas Batista
Nossa Polícia Militar completou 187 anos de existência no dia 05 de maio. Ao refletirmos sobre este tempo, constatamos que muitas gerações de pessoas coexistiram com a Polícia Militar. Os policiais militares pioneiros, que deram o sopro de vida à nossa instituição já não se encontram entre nós.
Sabemos que a nossa existência é temporária, em algum momento ela se torna o não ser. A história da nossa Polícia Militar nos permite compreender que muitos doaram significativa
parte do seu tempo de vida, dedicando-se à nossa instituição, cumprindo a jornada até irem para a inatividade; militares outros sentiram na pele o juramento “mesmo com o risco da
própria vida”, e tiveram sua existência abreviada.
A Polícia Militar não deixou de existir quando estas pessoas, por algum motivo, saíram das fileiras da corporação. Se hoje ela tem toda sua magnitude, certamente é fruto do plantio
realizado por estes nossos antepassados. Hoje somos nós que estamos existindo como policiais militares. Perceber e sentir-se como um dos protagonistas desta história, superando os desafios contemporâneos e espelhando-se nos guerreiros do passado, nos possibilita viver uma vida autêntica.
Quando ingressamos na Polícia Militar não apenas passamos a trabalhar em uma organização, mas nos tornamos policiais militares. Assumir esta identidade, buscar o fortalecimento dos vínculos e compreender os fenômenos sob a perspectiva da coletividade possibilita o desenvolvimento da sabedoria, do equilíbrio e da resistência.
Para isso é necessário se sentir pertencente à Corporação, afinal “ser policial é sobretudo uma razão de ser….” (Frase da Canção do Policial Militar).

Luciano Ribas Batista é 3º sargento da PMSC, exerce a função de psicólogo na Formação Sanitária do 12º Comando Regional de Polícia Militar, em Jaraguá do Sul. É formado em Psicologia, possui especialização em em Gestão Pública. Atualmente é acadêmico do curso de especialização em Psicologia Humanista Existencial-Fenomenológica.
