O Comandante da 12ª Região de Polícia Militar (RPM), tenente-coronel Marcio Leandro Reisdorfer, e o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Aleixo Lunelli, prestigiaram na última terça-feira, 4, a homenagem ao Dia da Vitória, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, na Praça do Expedicionário.
A data é lembrada em 8 de maio, no entanto, foi antecipada para este dia 4 devido à presença do único pracinha vivo na região de Jaraguá do Sul, Walter Carlos Hertel, 98 anos, que estará ausente por motivos particulares no próximo sábado. O ato tem um valor histórico de muita importância para homenagear os cerca de 100 heróis de Jaraguá do Sul e região que foram para o campo de batalha na Segunda Guerra Mundial.
O delegado regional, Fabiano dos Santos Silveira, o comandante do 14º BPM, Valdecir Oliveira da Silva, e a Secretária Municipal, Natália Lúcia Petry, também participaram do evento.

O Dia da Vitória
Oito de maio de 1945 ficou marcado na história como o dia em que as Nações Aliadas venceram Hitler e Mussolini em suas tentativas de impor o regime nazifascista ao restante do mundo. O Brasil esteve lá também e lutou ao lado dos Aliados.
Mais de 100 pracinhas da região se juntaram aos expedicionários da FEB, na 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária e partiram em cinco escalões de embarque com destino à Itália.
O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente dos conflitos na Europa. A Força Expedicionária Brasileira – FEB – enviou cerca de 25 mil soldados ao norte da Itália, onde lutaram junto ao Exército Americano. Foi protagonista de vitórias importantes, tomando regiões dominadas pelos nazistas, como a famosa tomada de Monte Castello (que durou três meses), e batalhas em Massarosa, Camaiore e Monte Prano e Castelnuovo. E foi na Batalha de Montese – em 14 de abril de 1945 – que a atuação da FEB foi considerada essencial para retomada da Itália. A participação do Brasil nos conflitos era desacreditada e dizia-se que era mais fácil uma cobra fumar do que o país integrar os esforços de guerra. O país entrou oficialmente na guerra e “a cobra fumou”. Por conta disso, os soldados utilizaram o desenho de uma cobra fumante como seu símbolo. Mais de 400 militares morreram em batalha e são considerados heróis da nação.
Em 1965, o Presidente da República, Humberto Castello Branco, instituiu o Dia Nacional do Ex-combatente, por meio da Lei nº 4.623, fixando o primeiro domingo de maio para a sua comemoração.

Texto: Cabo Jorge Luis Sedres Mendes – Comunicação Social 12ª RPM